A
primeira coisa que pensei hoje, quando acordei, foi no sorriso dele. Naquele
franzido de testa destacado pela curva de seus lábios. O gosto daquele beijo
molhado onde o desejo ainda se manteve conectado em mim. Queria poder eternizar
aquela troca de olhares, onde o nosso maior desejo era estarmos sozinhos.
Quando
eu lhe disse “tchau” foi inevitável não tocar em suas mãos, e de repente, uma corrente
elétrica passou por todo o meu corpo. Que garoto é esse que até o simples tocar
de mão me arrepia? Caramba! Eu não consigo parar de pensar nele, em tudo o que
poderíamos ser. Mas não seremos, por que existem tantas coisas no caminho.
Coisas
que não posso remover.
Eu
tenho todos os motivos do mundo para não chegar perto dele, mas mesmo assim meu
coração o deseja. Estou oficialmente em guerra com os meus sentimentos, e toda
vez que tento esquecê-lo, ele aparece. Com aquele sorriso charmoso e aquele
perfume inesquecível.
Procuro o cheiro dele no meu casaco, como da primeira vez, mas neste vago encontro, vê-lo não me fez sentir o seu cheiro. Queria ter pulado daquela cadeira e o agarrado com minhas mãos. Queríamos apenas um beijo. E é justamente o que não podemos receber.
Essa
paixão é perigosa, mas eu sou fascinada pelo perigo.