quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Vi nele, o que não vi em mais ninguém!



As luzes vermelhas já não me impressionam mais. Aquele sorriso incrível deixou de ser incrível há um bom tempo atrás. E depois de tanto pensar, cheguei à conclusão; de que serve seu belo sorriso se ele não me fez se apaixonar? É apenas um sorriso agora. Como sempre foi...
         Os aviões já não me impressionam mais. Ouvir aquele velho nome já não rasga mais meu coração. Pelo contrário, a batida daquelas letras me faz ter a certeza que passou. Aquele velho amor durou o tanto que deveria durar, e depois de uma enorme cicatriz, eu consigo ver o lado bom das coisas: foi apenas uma história boba que me serviu de lição. Através dele, eu aprendi que sou muito areia para aquele caminhãozinho metido a carreta. Aquele cara cheio de si que queria que eu fosse uma boneca na sua mão. Aquele cara que enquanto brincava de não saber o que queria, foi quebrando cada parte boa de mim. E então eu finalmente acordei daquele conto de fadas e decidi me afogar nos livros. Numa realidade que fosse melhor do que aquela porcaria que ele havia me jogado.
         No meio de tantos olhares, tantas pessoas vazias e opacas, eu vi um par de olhos verdes. Vi um livro aberto e diferente de todos os que eu já tinha lido. Uma tonelada de segredos emoldurava cada palavra daquele olhar. No meio do silêncio, ele disse tudo o que eu precisava ouvir. No meio do vazio, eu vi tanta coisa esperando por mim. E eu fui até lá. Eu peguei aquele livro eu comecei a ler a primeira página. E a cada instante vinham novas emoções. E os outros livros haviam perdido a graça. Os passatempos se tornaram inúteis. As pessoas eram todas cinzas. E ele era a cor. Ele é a tonalidade. É o meu livro preferido que nunca tem fim. Pelo contrário, a cada minuto me surpreende. O seu sorriso não é o mais lindo de todos, mas é o único capaz de iluminar a escuridão que me persegue. E acima de tudo, o seu abraço acalma até mesmo a minha alma. E é neste abraço que quero morar. 

         
Vanessa Souza ty

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Apenas 42 Dias...



Encaro o calendário que colei na parede. Observo atentamente aos 35 dias que dei sorrisos bobos por cada mensagem que ele me mandava. Por cada elogio, cada promessa escondida em um meio termo de incertezas e esperanças de que dessa vez fosse real. 35 dias que ele coloriu com a sua presença, mesmo estando a 47 km de distância.
4 semanas que eu pude sentir a leve sensação de ter alguém ao meu lado. De sentir que não estava sozinha ou que ainda era possível acreditar no amor. E que sim, sonhos são realmente possíveis quando a gente acredita. E que às vezes, um olhar pode dizer muito sobre uma pessoa sem ela precisar dizer absolutamente nada.
Agora são 42 dias ao todo. 7 dias de silêncio. Sem um “Boa Noite” caloroso ou um “onde você está?” cheio de preocupação. Sem absolutamente nada. Sem nenhum abraço quente aglomerado de segurança e proteção. Ah! Como eu preciso do abraço de alguém que realmente goste de mim por quem sou. Que me entende e compreende meu jeito difícil de ser.
Mas eu estou sozinha. E sem a presença dele os dias voltaram a ser cinza. Os livros voltaram a ser a minha fuga da realidade. A minha cama virou um abrigo, onde eu sei que posso chorar em paz sem ter que dar explicações. Sem ter que dizer que a ausência dele está me matando. Que qualquer lugar se tornou sem graça por que eu sei que ele não vai aparecer.

Agora eu sei, o amor não pode curar, por que antes disso, a mentira mata as pessoas.

Vanessa Souza ty