quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Ela não tem medo de ser quem ela é!



Ela não queria mais viver nas nuvens por que sabia que precisava manter os pés no chão. Ela era apenas mais uma no meio da multidão, tentando parecer diferente. E conseguiu. Conseguiu viver por ela mesma sem planejar um futuro em parceria. Ela conseguiu ir atrás dos seus sonhos e ainda acredita mesmo que suas esperanças de vez enquanto se afogam. Mas a fé nunca se foi. E ela sabe que isso basta. Sempre bastou. Por que embora todos disseram que ela não conseguiria chegar nem no primeiro degrau, ela foi até a base. Ela mostrou que podia ir muito além do que eles imaginavam.

Ela é um mistério. Faz todo mundo se apaixonar. Vive por ela e não liga pro que pensam. Seu lema é sair conquistando e deixarem falar, por que uns não deu valor, dez já estão tentando dar. Mas seu coração está fechado. Ela sabe que é o certo, por que nem todos podem preencher o vazio que deixaram dentro dela. A dor nascida de incertezas e medos. A confiança perdida em meio ao desespero. Agora ela não aceita mais metades e nem tão pouco promessas instáveis. Gente que diz tanto e faz tão pouco.


Ela sabe que uma hora ou outra alguns olhares a encantarão. Sorrisos que perturbarão seus sonhos. Pessoas fáceis de se apaixonar. Que sabem que ela é diferente. Que sabem que ela gosta de morangos e chocolate. Que ama abraços inesperados. Que usa um laço constantemente. Que escreve o que não pode dizer. Que acima de tudo, não tem medo de ser quem diz ser. 

                                                                                             Vanessa Souza ty

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Aqueles olhos...


Aqueles olhos verdes têm algo que me intriga.  Como se uma tonelada de segredos e medos tirassem seu sono. Talvez ele use a madrugada para pensar na vida, nos amores que se foram. Nas conquistas que terminaram como sempre. Novamente está sozinho. Na solidão. Olhando pro nada, perdido no meio do tempo.

Seus olhos claros escondem dor, esconde sentimentos que não quer revelar. Seu coração pertence à outra qualquer, ou talvez, ele não pertence a ninguém. Mas ainda sim, ele busca por aquela que irá ajudá-lo a atravessar este rio bravo, onda cada onda quebra a alegria, afoga os sonhos. Onde cada gota se torna furacão, e no meio do barulho ele grita por socorro.  Tenta nadar até a margem, mas seus braços estão cansados. Suas pernas não se movem. E de repente, no meio da escuridão, ele vê uma trégua, vê uma brecha deixada pelo sol. E então ele sorrir, sorrir como se tudo já estivesse acabado. Sorrir por que acredita que alguém está vindo lhe socorrer. Alguém por quem seu coração sempre esperou.

Alguém que desconheço. Assim como suas manias, seus gostos, seus medos bobos. Assim como sua vida, seu mundo, ao qual eu gostaria de poder fazer parte, mas ele é totalmente estranho para mim.  Mesmo assim seu olhar é um convite a algo novo. Á um amor que me visita todas as noites, quando me pego pensando nele, imaginando o futuro perfeito que poderemos ter. Há menina, pare de sonhar! Contos de fadas não existem, e se existisse, então desculpe, mas seu príncipe encantado foi roubado. Seu final feliz foi deletado.

Vanessa Souza ty


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Ex amores nunca se vão



No meio da multidão meus olhos encontraram os dele. E no meio do nada que se fez em nossa frente, vi toneladas de lembranças regressarem ao nosso presente. Tudo o que um dia poderíamos ter sido, mas não fomos. Todas as coisas que aconteceram.  O que nos levou a colocar um ponto final numa história mal acabada.  Em um meio termo de dúvidas e ódio, de saudades e ressentimentos, eu pensei em atravessar aquele vazio. Ignorar tudo a nossa volta e me jogar em seus braços acreditando que dessa vez será diferente. Mas nunca foi. Eu e ele nunca fomos uma certeza.

Seus olhos, que agora são tristes, trouxeram promessas incertas, palavras mal expressadas, frases inacabadas, sentimentos nunca revelados. Seus olhos ao encontrarem o meu transpareceram uma saudade sufocada pelo orgulho de ambos os lados. Trouxe dor. E como doeu. Doeu tanto que tive que desviar o meu olhar. Tive que afogar a dor no meio do buraco que ele deixou dentro de mim. Onde o mais foi colocado como pouco e os sentimentos enterrado nas cinzas que sobraram daquele fogo que incendiava meu coração. Daquele sentimento que embaralhava minha cabeça e só me fazia querê-lo. E eu queria, como eu queria ter me perdido nos seus braços. Queria ter ido de encontro a ele no meio do medo vago em minha mente, da escuridão que nunca termina, mas que de alguma forma se dispersava quando eu estava ao lado dele.

É difícil continuar a amá-lo quando cada sentimento bom é sufocado pela raiva. Quando nossas vidas tornaram se estranhas, quando sua rotina mudou completamente e eu fui privada de compartilhar disso com ele. Quando seus sonhos se tornaram reais e os meus voaram para longe. Quando eu caí no meio do nada e ele não esteve presente para me salvar. Difícil é amá-lo quando tantas vezes ele disse que viria e não veio, quando a dor sufocou a alma ao ponto de não querer ouvir o nome dele. Quando as incertezas bloqueiam as esperanças e o pouco que ainda resta grita em meio às chamas. Quando devo perdoá-lo, mesmo sabendo que ele nunca pedirá perdão.

Vanessa Souza ty



quarta-feira, 12 de agosto de 2015

É, passou!



É incrível como o ódio é capaz de sufocar o amor. Como a decepção é capaz de transformar todas as lembranças boas em um borrão. Em uma mancha que às vezes machuca, outras vezes, te fortalece. Fazendo você acreditar que tal perda foi um livramento. A oportunidade de uma porta aberta para novas pessoas chegarem. A questão é: como confiar quando a última coisa que sempre fazem é partir seu coração?
Eu não o culpo por ter acreditado em suas mentiras. Foi uma escolha minha, eu sei. Mas a verdade é que no começo tudo pareceu diferente. Ele era o cara que eu sonhava, com as suas imperfeições é claro. O caro por quem eu suspirava todas as noites. Aquele á quem eu dediquei horas no espelho tentando parecer linda o suficiente para ele se sentir satisfeito. Ficava horas pendurada no telefone ouvindo-o falar sobre sua perspectiva de vida. Embora nós fossemos diferente o suficiente para discordar em tudo, eu sempre optava por ficar em silêncio e deixá-lo ter a razão. Acho que talvez, o fato de eu sempre escolher o bem dele ao invés do meu, significava que o amava. Embora nunca tenha lhe dito isso, mas eu sei que era amor. Por que eu sempre queria o melhor para ele. Eu queria fazê-lo feliz e como recompensa ele apenas saiu de fininho. Sem se importar com o estrago. Ele abriu a porta para mim, a porta do seu mundo de ilusão, e me jogou dentro dele. Deixando-me totalmente despedaçada!
Ele saiu de mãos dadas com outra enquanto eu assistia a tudo. Inconformada. Vendo o ódio destruir qualquer rastro que ele deixou em meu coração. Eu o odeio. Odeio-o por todas as suas mentiras. Por ter fingido um amor de praxe que nem mesmo ele conhecia. Mas mesmo assim eu não quero sentir tanta raiva. Eu não quero ser esse mostro que ele me faz parecer. Essa jovem amargurada que se sente incapaz de ser feliz novamente. A mulher que tem medo de amar. Medo de confiar. Eu não quero mais ser vitima da dor, da escuridão que me persegue, mas já não posso mais entregar meu coração a quem quer que seja, por que já conheço o final da história. Estou cansada de insistir no homem errado. E de entregar meu mundo a quem nunca se dispõe a segurá-lo.

Vanessa Souza

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Ainda não te esqueci!


Eu sempre neguei que fosse amor. E tive mais certeza quando a nossa história chegou ao fim. Confesso que eu me deprimi muito, e durante os meses que se passaram, eu mantive esperanças até finalmente cair na real. Vê-lo já não me intrigava mais e nossos diálogos sempre resultavam em patatas.  Eu estava com raiva e ainda estou, devo confessar, mas depois de tanto tempo, ontem aconteceu algo diferente. Eu senti a velha sensação de mãos tremendo e coração acelerado quando ele se aproximou. Diante dos meus olhos tudo o que eu sentia por ele voltou em uma fração de segundos, todas as lembranças, as conversas, os abraços. Tudo diante de mim, e eu ali, parada e intacta, apenas o olhando, tentando entender por que ele nunca veio atrás de mim, e então o sentimento que renascia dava lugar a vontade de socar a cara dele, a raiva que eu sinto toda vez que o vejo com outra. Dizendo a ela tudo o que um dia disse a mim. E sim, eu me importo por que de qualquer forma eu tive uma imensa vontade de abraçá-lo, de engolir o meu orgulho e pedir para ele ficar, mas é claro que eu não fiz isso. E nunca farei. Não por que sou uma garota orgulhosa que prefere bancar a infeliz á ter que dizer o que realmente sente, mas acontece que ele não sente. Nunca sentiu. E não daria a mínima se caso eu finalmente abrisse meu coração a ele e lhe dissesse tudo o que sinto. Pela primeira vez, depois de anos, eu confesso que talvez seja amor. E se ele me procurasse disposto a me pedir perdão, eu lhe pediria para ficar ao meu lado. Mas ele jamais fará isso.
Vanessa Souza ty

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Resistir é Impossível!


Sinto uma vontade enorme de gritar, de chamar o nome dele. De me perder em seus braços, de acariciar o seu corpo. Sinto vontade de beijar aquela boca doce, de mergulhar nas curvas do sorriso dele. Eu me apaixonei, essa é a verdade, e mesmo que isso fuja contra a razão, eu me apaixonei por ele. E como efeito colateral, agora estou aqui, rindo a toa, sentindo o cheiro dele grudado no meu casaco.
  A vida nos surpreende, isso sim é uma certeza. De repente eu estava no meu quarto jurando a mim mesma que nunca me apaixonaria, que não teria medo de ser quem sou, e me sentir a pessoa mais forte do mundo quando ele me ligou, depois de um mês mantendo-se ausente, eu fui corajosa para não atendê-lo. Mas, de repente, no outro dia, bastou uma simples conversa no WhatsApp, e putz, lá estava eu e ele saindo juntos. Lá estava ele de volta ao meu mundo complicado, indo nos lugares que vou, conversando com os meus amigos, e no meio de todos agindo como se fossemos um casal. Quando me deixou em casa, então eu não pude mais resistir aos seus encantos. Aos seus abraços quentes e seguros. Ele disse que estava com saudades, me chamou pelos nomes mais fofos que já ouvi, e ainda sim, eu sabia que não poderia ceder ao seu joguinho, por que de qualquer forma eu nunca confiei nos homens, e ele não seria uma exceção.
  Mas mesmo assim eu me apaixonei, e isso dói, por que ele jamais abrirá mão da sua vidinha de farra por minha causa, e mesmo sabendo o que todo mundo acha sobre ele, que ele é um canalha, eu ainda gosto dele, por que acredito que talvez, ele seja diferente.
Vanessa Souza ty

Plano B


Sinto uma angustia inexplicável todas as vezes que penso nele. Ele poderia ser só mais um rostinho bonito perdido por aí, mas preferiu ser esse impacto ofegante. Ele é lindo, e eu não me canso de dizer isso. E como ele é engraçado, divertido. É capaz de me fazer sorrir mesmo nos piores dias, mas pensar sobre isso e em todas as coisas boa que ele representa me abate. Afinal de contas, ele é incerto de mais, e a verdade é que eu sei que ele só está de passagem.
  O pior de tudo, é que todas as noites eu fico sentindo o perfume dele grudado em mim depois daquele abraço apertado e gostoso que só ele sabe me dar. Eu fico me lembrando do sorriso dele, aquele sorriso tão sublime que seria capaz de colocar fim nas guerras. E então eu sofro, por que eu sei que é dever meu esquecê-lo. Por mais difícil que seja.
  Serei sempre o plano B dele, e nada, além disso. A garota do segundo plano. Aquela que ele só procura quando precisa, quando sente falta, quando está sozinho. A mocinha só de momentos, aquela que ele se cansa e desaparece, voltando depois de um tempo. Sempre seguindo o mesmo roteiro.
  Cansei disso. Cansei de bancar a boba ou a garotinha apaixonada que faz de tudo para agradá-lo.  Ele é incrível, mas eu sou muito mais. E nesse jogo quem iria tirar a sorte grande era ele, e não eu. Plano B nunca mais. A fila anda e quem não dá valor fica pra trás.
Vanessa Souza ty

8 ou 80?


Caminho descalça pela casa sem me preocupar por ainda estar de pijama. Não ligo se o meu cabelo está desarrumado em pleno sábado à noite. Não tenho que ir aquela festinha só por que as pessoas vão como de costume. Prefiro ficar em casa assistindo a era do gelo, mesmo que isso soe patético, não á nada melhor do que fazer isso ao invés de gastar maquiagem à toa.
  Amor próprio em primeiro lugar. Não faço mais o tipo que tira uma milha de Selfe por dia com o intuito de ganhar curtidas. E não ligo se o meu perfil do Face Book não é tão popular assim. Pelo contrário, não dou a mínima para a quantidade de likes que recebo.
  Eu congelei o meu coração e me acostumei a viver sozinha, sem os carinhos ou beijos apaixonados. Afinal de contas isso passa, assim também como a dor, e depois de um tempo, tudo se torna apenas uma página virada do passado. Exatamente como tem que ser. Não que eu tenha virado uma pessoa solitária, pelo contrário, ainda saio aos domingos à noite sempre caprichando no meu visual.
  É sempre bom conhecer pessoas novas, se encantar nos primeiros minutos e depois ir embora, sem ter que ficar prolongando diálogos. Cortei esse roteiro da minha vida, apaguei a maioria dos contatos da minha agenda. Não mando mais torpedos e nem tenho a súbita curiosidade de saber quem está online, pelo contrário, desativei todos os bate papos das minhas redes sociais.
  Eu já não me importo mais em usar aquela roupa de modinha que as garotas fazem questão de mudar todo mês. É bem mais preferível o meu estilo único, o meu jeito simples e ao mesmo tempo sofisticado. Linda o suficiente para deixar todo mundo de boca aberta. Somente isso, por que não faço mais questão de me envolver com ninguém.
  Aprendi que posso ser feliz sozinha. Posso sair cantando pelas ruas na altura que eu quiser sem ter que me preocupar em pagar papel de maluca. Posso me esbaldar na lanchonete sem ter a mínima preocupação com a balança. Não preciso levar a sério a rotina pesada de ficar horas na academia em busca de um corpo perfeito. Eu gosto de mim exatamente do jeito que sou e sei que não existe melhor companhia do que eu mesma.
  Não preciso vivenciar a fantasia que devo me casar e viver a vidinha perfeita a dois, mas devo admitir que eu gostaria de ter essa vida. Aliás, seria muito bom acordar com aquela pessoa especial ao seu lado. Mas eu aprendi que também posso ter a vidinha perfeita sozinha sem bancar a solitária. Essa questão de parceria já não cola mais. Recoloquei os cadeados do meu coração. Quem vai ou quem fica já não importa. Ou é 08 ou 80, meio termo não funciona mais.

Vanessa Souza ty