Eu sempre neguei que fosse amor. E tive mais certeza quando a nossa história chegou ao fim. Confesso que eu me deprimi muito, e durante os meses que se passaram, eu mantive esperanças até finalmente cair na real. Vê-lo já não me intrigava mais e nossos diálogos sempre resultavam em patatas. Eu estava com raiva e ainda estou, devo confessar, mas depois de tanto tempo, ontem aconteceu algo diferente. Eu senti a velha sensação de mãos tremendo e coração acelerado quando ele se aproximou. Diante dos meus olhos tudo o que eu sentia por ele voltou em uma fração de segundos, todas as lembranças, as conversas, os abraços. Tudo diante de mim, e eu ali, parada e intacta, apenas o olhando, tentando entender por que ele nunca veio atrás de mim, e então o sentimento que renascia dava lugar a vontade de socar a cara dele, a raiva que eu sinto toda vez que o vejo com outra. Dizendo a ela tudo o que um dia disse a mim. E sim, eu me importo por que de qualquer forma eu tive uma imensa vontade de abraçá-lo, de engolir o meu orgulho e pedir para ele ficar, mas é claro que eu não fiz isso. E nunca farei. Não por que sou uma garota orgulhosa que prefere bancar a infeliz á ter que dizer o que realmente sente, mas acontece que ele não sente. Nunca sentiu. E não daria a mínima se caso eu finalmente abrisse meu coração a ele e lhe dissesse tudo o que sinto. Pela primeira vez, depois de anos, eu confesso que talvez seja amor. E se ele me procurasse disposto a me pedir perdão, eu lhe pediria para ficar ao meu lado. Mas ele jamais fará isso.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
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